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Candice Swanepoel: sexy sem esforço

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Candice Swanepoel (Foto: Mariano Vivanco)


 

O apelido "a modelo da barriga negativa", como Candice Swanepoel é conhecida entre as mulheres, certamente não é a forma como você a chamaria. Com cara de Lolita, longos cabelos loiros e olhos verdes, a Angel da Victoria’s Secret completa 25 aninhos este mês. Sobre seu primeiro casting para a grife, em 2007, ela disse à GQ: "É bem estranho ver algumas pessoas pela primeira vez usando lingerie".

 

Viciada em redes sociais, a sul-africana costuma postar fotos nada discretas em seu Instagram, como uma em que aparece apenas de sutiã e uma máscara nos olhos. Na legenda, a hashtag "sexytime".

Candice Swanepoel (Foto: Mariano Vivanco)


 

Uma espiada em seu Twitter indica suas preferências: é fã de Bob Marley, visita frequentemente a ilha de St. Barths e namora o modelo brasileiro Hermann Nicoli. Ela vem pra cá pelo menos três vezes por ano. Seu post que mais chamou a atenção dos brasileiros, porém, foi um sobre as manifestações das ruas por aqui: "Eu apoio um novo Brasil, nossa geração pode moldar o futuro. A corrupção tem sido negligenciada por muito tempo. No Brasil e na África".

Candice Swanepoel (Foto: Mariano Vivanco)


 

As finanças também vão bem, obrigada: ela está entre as dez modelos mais bem pagas do mundo e faturou R$ 7,9 milhões em 2012. E dificilmente você vai enjoar dela: já apareceu loira, morena e platinada. Em todas as versões, mantém seu estilo "sexy sem fazer esforço".  

Candice e o brasileiro Hermann Nicoli (Foto: Getty Images)

 

Confira o Instagram da top:


Beba como um escritor

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Ah, a inspiração. Cadê? Há quem diga que não existe, que escrever não passa de transpiração, que o negócio é acordar cedo, caprichar no café da manhã, vestir-se como se fosse trabalhar fora, sentar-se à máquina (?) e lapidar, à custa de muito suor, o novo romance da sua geração. Mas há quem acredite que o bom álcool circulando nas veias ajuda a irrigar a parte do cérebro responsável por encaixar uma palavra na outra – e que é dose a dose que se constrói uma obra-prima.
 

Baseado no livro Guia de Drinques dos Grandes Escritores Americanos (Zahar, 104 páginas, R$ 39,90) e em um post da Flavorwire que circulou na semana passada, decidi listar aqui também alguns escritores brasileiros e estrangeiros que mantinham na escrivaninha uma ou mais garrafas de bebida, e a indicação de quais eram seus drinques preferidos. Inspire-se:
 

Ernest Hemingway

Bebida: Mojito. Beber (e beber bem) era com o “Papa”. E como as garrafas e coquetéis caíam bem nas mãos de seus personagens... Impossível ler O Sol também se Levanta sem sentir vontade de beber uma garrafa de um bom vinho, gelado diretamente nas águas que correm montanha abaixo no sul da França, ou um refrescante Jerez em uma ou dez terrazas sevilhanas. Quando mudou-se a Havana, Cuba, certa vez sentou-se no bar de sempre, La Bodeguita del Medio, e inventou nosso querido Mojito. Mais uma obra clássica de Hemingway, e desta vez longe do campo das letras.
Lema: “Um homem não existe até que fique bêbado”.

Hemingway e mojito (Foto: getty images/ reprodução)

 

Paulo Leminski

Bebida: Vinho no começo da noite, vodka depois. A noite do poeta curitibano começava às 5h da tarde em um bar na Praça Osório, antiga área elegante da capital paranaense que virou reduto da boemia local. Costumava pedir o “seu” vinho (tinto, não importava muito a safra) e bebericar devagarzinho. Mais tarde trocava de bar e pedia vodka, gelo e raspas de limão. Era quando escrevia com mais furor no inseparável caderninho, segundo os funcionários do boteco Bife Sujo, que até hoje mantém manuscritos de Leminski nas paredes.
Lema:
O Rio é o mar
Curitiba é o bar

Leminski no bar (Foto: reprodução)

 

Charles Bukowski

Bebida: Boliermaker (dose de uísque intercalada com copos grandes de cerveja). Mais de 50 dos livros de Bukowski giravam em torno do universo da bebida. O escritor “maldito” dizia ser capaz de sorver 30 cervejas a cada noite e escrever 20 poemas em uma semana. O enorme talento etílico do homem torna difícil a tarefa de presumir seu drinque favorito (ele não tinha o hábito de fazer grandes elogios a uma bebida em detrimento de outra), mas intercalar uísque com cerveja me parece suficientemente Bukowski.
Lema: “‘Este é o problema da bebida’, pensei, enquanto me servia outro drinque. Se algo ruim acontece, você bebe para tentar esquecer; se algo bom acontece, você bebe para comemorar; e se nada acontece, você bebe para que algo aconteça”. 

Charles Bukowski (Foto: reprodução)

 

William Faulkner

Bebida: Mint Julep. Como todo bom sulista americano (nasceu em New Albany, Mississipi), tinha como drinque favorito o Mint Julep (folha de hortelã, bourbon, açúcar e água). Dono da clássica convicção de que escrevia melhor com uísque na cabeça, a julgar por O Som e a Fúria e Luz em Agosto, não parecia estar errado.
Lema: "Não existe uísque ruim. Alguns uísques são simplesmente melhores que outros."

William Faulkner e Mint Julep (Foto: getty images/ reprodução)

 


Lima barreto (Foto: reprodução)


 

Lima Barreto

Bebida: Cerveja. Lima Barreto escrevia rápido porque em seguida se embebedava e temia não conseguir terminar seus contos e romances. Triste Fim de Policarpo Quaresma, por exemplo, foi escrito em três meses. Escrever um clássico dá direito a quanto tempo no bar, mesmo?
Lema: “O que prejudica nossos literatos brasileiros não é a cachaça. É a burrice.”



 

William S. Burroughs

Bebida: Cuba Libre. Mais clarinha. Pouca Coca-Cola, muito rum – eis a receita do beatnik, autor de literatura marginal e lisérgica com ápice em E os Hipopótamos Foram Cozidos em Seus Tanques. Mas, quem diz que o álcool ainda faz efeito depois de tanta heroína?
Lema: “Nossa droga nacional é o álcool. Qualquer outra droga nos causa um horror especial.”

William S. Burroughs (Foto: Getty Images)

 

Francis Scott Fitzgerald

Bebida: Gim Rickey (Gim, soda limonada, suco de limão). Homem de sociedade, preocupado com as aparências, F. Scott Fitzgerald alegava que gostava de gim porque ninguém podia sentir a bebida em seu hálito. Não que fosse necessário comprovar, quando Fitzgerald e a mulher davam escândalo nos bares da Paris dos anos 1920.
Lema: “Primeiro você toma um drinque, então o drinque toma outro drinque e depois o drinque toma você’.

Francis Scott Fitzgerald (Foto: Getty Images)

 


Oscar Wilde

Bebida: Absinto. Nas palavras dele: “No primeiro estágio, é uma bebedeira normal. No segundo, você vê coisas monstruosas e cruéis, mas se você perseverar, você entrará no terceiro estágio, quando você vê o que você quer ver, coisas curiosas, maravilhosas”.
Lema: “Fiz uma descoberta importante... Que o álcool, bebido em suficiente quantidade, produz todos os efeitos de intoxicação”.

Oscar Wilde (Foto: Getty Images)

 

Jorge Amado

Bebida: Cachaça. O bom baiano está nesta lista mais pelos seus personagens, apreciadores ferrenhos de uma boa cachaça, do que pelos seus hábitos etílicos – ainda que bebesse “sua pingazinha, aqui e ali”. Já os personagens que inventou... Vadinho, de Dona Flor e seus Dois Maridos, e João Grande, de Capitães de Areia, não passavam meia dúzia de páginas sem deixar-se encantar pela caninha. O mais famoso talvez seja um certo Quincas que, ao dar-se conta de que a garrafa à sua frente não era da branquinha, mas de inofensiva água, fez ecoar o magnífico berro: “Áááááguuuuua!”. Não deu outra: dali para frente, ficou conhecido (e imortalizado na literatura nacional) como Quincas Berro D’Água. Legítimo causo de boteco que abstêmio algum poderia inventar.
Frase: “Velório sem cachaça é desconsideração ao falecido, significa indiferença e desamor”.

Jorge Amado (Foto: reprodução)

História dos uniformes: Holanda 1988 - quando o time faz a camisa

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Holanda - Eurocopa 1988 (Foto: Getty Images)

 

É comum que uma camisa “fique” mais bonita por conta do time que a vestiu e de toda a simbologia que a cerca. Sem dúvida nenhuma, esse é o caso do modelo utilizado pela Holanda durante a Eurocopa de 1988.

A camisa, embora figure em diversas listas que catalogam as mais belas de todos os tempos, tem um design que seria considerado um tanto quanto exótico e berrante nos dias atuais. Não pelo laranja, que é a cor tradicional do futebol holandês e que já serviu como base para uniformes realmente bonitos, como os da Copa de 1974, que mostrou a seleção ao mundo – o conjunto composto pela camisa laranja e pelo calção preto, como o usado no jogo contra a Suécia naquele Mundial, é de indiscutível bom gosto.

O problema do modelo de 1988 é o excesso de efeitos que há no uniforme. Foi, nesse sentido, uma camisa que fez parte da inauguração de uma “modernidade” nas vestimentas futebolísticas. A tecnologia avançara e as empresas tinham condição de colocar imagens em marca d'água, alterar cores e produzir outros truques – em suma, de personalizar e dar uma cara diferenciada aos modelos convencionais.

Holanda - Eurocopa 1988 2 (Foto: Getty Images)

 

Foi dentro dessa mentalidade, portanto, que surgiu a camisa de Holanda de 1988 – de modelo similar ao de outros times, sejamos justos, mas sem a mesma repercussão dos holandeses. O tradicional laranja apareceu preenchido por desenhos geométricos que continham, em seus interiores, um degradê que ia de um laranja mais intenso até o branco. Os desenhos apontavam para cima, como se produzindo uma escada ou uma seta que indicava ao topo. Confuso.

E de impacto ainda pior quando combinada com o calção laranja (este liso, sem maiores complicações), como no conjunto que a seleção holandesa utilizou na final daquele campeonato, contra a União Soviética.

Ruud Gullit (Foto: Getty Images)

 

É nessa hora que entra o “contexto que deixa a camisa mais bonita”, que mencionamos no começo do texto. A Holanda de 1988 foi um dos principais times dos anos 1980. Venceu a Eurocopa daquele ano – o único título da história da seleção holandesa, que encantara o mundo nos Mundiais de 1974 e 1978 mas ficara pelo caminho. Tinha craques de primeira grandeza, como Gullit, Koeman e, principalmente, Van Basten, autor de um antológico gol na decisão contra os soviéticos.

O contexto futebolístico fez com que o uniforme da Holanda de 1988 se tornasse uma peça icônica. Como ocorreu com outras camisas da época (e acontece até os dias atuais), foi replicada por diversos times e por concorrentes da Adidas, criadora da peça original. O Grêmio teve nos anos 1990 uma camisa de comissão técnica idêntica ao uniforme holandês, produzida pela Penalty.

O modelo foi resgatado pela Adidas em 2010, quando a marca resolveu lançar uma camisa em homenagem à série Guerra nas Estrelas. O uniforme baseado no da seleção holandesa virou o da turma “do bem” no filme – o modelo era azul, “patrocinado” pela Jedi Sporting Goods e tinha o nome Skywalker atrás.
 

Sexo 5 – Procura-se Marilyn. Desesperadamente.

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Marilyn Monroe 1 (Foto: reprodução)

 

Escrevi outro dia aqui no blog que os executivos e produtores de Holywood (entenda-se indústria do entretenimento) sempre replicam e treplicam seus modelos de sucesso. Principalmente os de público, que são os mais ‘fáceis e rentáveis’. No texto em questão, eu falava sobre o apadrinhamento e investimento na carreira da atriz Amanda Seyfried, que protagoniza com Peter Sarsgaard Lovelace a cinebiografia de Linda Lovelace (1949-2002), a atriz para quem foi criado o termo pornstar. Comparei a (chatinha) cantoria de Amanda em Mamma Mia! (2008) e em Les Misérables (2012) às da cantora e atriz australiana Olívia Newton-John nos musicais Grease (1978) e Xanadú (1980) musicais dos anos 70. Amanda, que foi lançada para se tornar uma “nova namoradinha da América”, não emplacou.

Scarlett Johansson (Foto: reprodução)

 

O título cobiçado e polêmico que foi sempre de atrizes de cómédias românticas do porte de Mary Pickford (anos10), Marion Davis (anos 20), Carole Lombard (anos 30), Katharine Hepburn (anos 40), Marilyn Monroe (anos 50), Shirley Mclaine (anos 60), Barbra Streisand (anos 70), Molly Ringwald (anos 80), Julia Robert (anos 90), Reese Whiterspoon (anos 2000). Na última década, as atrizes Emma Stone, Scarlett Johansson, Elle Fanning e Jennifer Lawrence se alternaram no trono. A ganhadora do Oscar Jennifer Lawrence (Melhor Atriz de 2013 por Silver Linings Playbook/O Lado Bom da Vida) fez questão de declinar o título ao mostrar o dedo do meio para os jornalistas e fotógrafos presentes na coletiva atrás do palco da premiação.


Noves fora, sobram Meg Ryan e Jennifer Aniston que, apesar da idade um pouco avançada, são consideradas as “eternas”. Vai entender essa gente...

Jennifer Lawrence mostra o dedo na sala de imprensa do Oscar (Foto: reprodução)

 


A verdade é que, de todas elas, a mais icônica, cobiçada, invejada, inesquecível - e o mais importante - rentável, foi Marilyn Monroe. Foi também cobiçada, amada e odiada na mesma intensidade por alguns do clã Kennedy: John, Bob e Jackie. Sua tragédia a eternizou como uma espécie de deusa pagã pós-moderna que habita o inconsciente coletivo dos homens (que a desejam) e das mulheres (que a imitam). Marilyn Monroe se assemelha ao mito da máquina de moto-contínuo, que reutiliza indefinidamente a energia gerada por seu próprio movimento. As leis da física moderna que impossibilitam tal fato não são válidas para MM.

MarilynMonroe_AndyWarhol (Foto: reprodução)

 

Não é por outra razão que desde que o artista plástico Andy Warhol (1928-1927) transformou atriz em um ícone pop, sua imagem e semelhança começaram a ser replicadas e exploradas ao redor do planeta. Podemos afirmar que a última encarnação de Marilyn Monroe é a ex-amazona Kate Upton (1992), considerada a nova bombshell norte-americana. Depois de ser eleita a “Novata do Ano” pela revista Sports Illustrated Swimsuit Issue 2011 foi capa da publicação em 2012 e 2013.

 

Kate Upton Vanity Fair (Foto: reprodução)

 

 

Fotografada por sua santidade Annie Leibovitz (talvez o melhor legado que Tina Brown poderia ter deixado para Graydon Carter), Kate, travestida como uma pin up provocante veste um bodysuit da Agent Provocateur (o concorrente da Victoria's Secret) e segura um bolinho com uma só e fálica vela. Inteligente e esperta, Annie faz uma clara alusão ao imaginário norte-americano: o famoso “Happy Birthday Mr. President”, que Marilyn Monroe sussurou em um lotado Madison Square Garden (15 mil pessoas, entre elas várias celebridades) em 19 de maio de1962. Apesar de dez dias adiantados, foi o melhor presente de aniversário de 45 anos que JFK ganhou. A foto verdadeira de Marilyn assoprando um bolo de aniversário foi utilizada em 2012 no cartaz oficial Comemorativo dos 65 Anos do Festival de Cannes.

 

Cannes 65 anos (Foto: reprodução)

 

A modelo que nasceu em São José (Michigan/USA) e cresceu em Melbourne (Flórida) até então era praticante do hipismo: chegou ao Top 5 na categoria 14-18 anos da APHA – American Paint Horse Association. Kate é um fenômeno da internet: seu primeiro vídeo, onde aparece dançando sensualmente foi postado por amigos no YouTube e chamou a atenção do fotógrafo Terry Richardson que a apadrinhou. Cat Daddy, o vídeo produzido por ele para o seu canal no YouTube, o Terry TV, viralizou e foi acessado por quase 18,500 milhões de internautas. Upton e a sua dancinha Cat Daddy viraram um fenômeno da cultura de massas e ela se transformou na nova girl next door, uma versão mais apimentada da namoradinha da América. Bingo!

 

 

Sua estrela brilhou e ela literalmente fez a América: comercial polêmico (depois censurado) para a rede de fast food Carl´s Jr. durante o intervalo comercial de TV mais caro do mundo, o do Superbowl; capas em 2012 e 2013 da Sports Illustrated Swimsuit Issue; capa da pequena mas charmosa francesinha Jalouse; perfil rápido no front of the book da Vogue US; capa e ensaio arrasador do rei da Vogue IT Steven Meisel; novo ensaio com Meisel, desta vez na Vogue US; capa e editorial na Vogue UK e vídeo pornchic de Emily Weiss na badalada inglesa Love Magazine, um dos brilhantes mais reluzentes da Condé Nast International

 

Ensaio da Vogue Italia por Steve Meisel

Kate para Love Magazine - “Happy Easter”

Provando que santo de casa às vezes faz milagre, colocou o rosto e tudo mais o que tem para mostrar de na capa e páginas da Vogue US com a benção de Anna Wintour e cliques do peruano cool Mario Testino. A chamada de capa: "American Dream Girl - How Kate Upton Became The Hottest Supermodel on Earth". Em seguida, foi capa e ensaio de moda na Vogue Brasil. A consagração final e o carimbo no passaporte para a centenária capa da Vanity Fair vieram da terra da recém-eleita Angela Merkel na Vogue Deustch. Um ensaio e um vídeo para a TV todo em clima nouvelle vague, dirigido por uma lenda chamada Bruce Weber com direito a trilha de outra instituição norte-americana: Frank Sinatra, em plena forma, cantarolando It Had To Be You.

 

 

O encanto com Kate Upton, segundo a diretora da Vogue UK é que “ela é o oposto de uma supermodel, uma garota normal e curvilínea”. Eu acrescentaria que por detrás do ar inocente e maroto, a garota de São José (Michigan), criada em Melbourne (Flórida), transpira e vende sexo o tempo todo, como fazia Marilyn Monroe. Esse é o seu ‘verdadeiro encanto’ e sexo vende bem qualquer coisa no mundo. Pelo menos desde que aquela turma da Madison Avenue reinventou a propaganda no pós-guerra. Com certeza, ela é hoje a grande aposta da mídia em reviver o mito de Marilyn depois de um bom entusiasmo e posterior desencanto (culpa dos filmes de Woody Allen ou do sujeito que hackeou as fotos do celular da atriz?) com a ex-bonitona da vez Scarlett Johansson.

 

Gongada pela Vanity Fair (pelo menos é o que dizem as más línguas do mundo fashion), a Kate original, uma inglesinha sardenta, encrenqueira e tão cool quanto Barack Obama, que atende pelo sobrenome de Moss (1974) aceitou o convite do octagenário Hugh Hefner (1926) e, aos 40 anos, irá posar para a capa e o recheio da edição comemorativa de 60 anos de outra instituição de Tio Sam, a revista Playboy. A celebrada menina má Kate, idolatrada pelo mundo da moda e das artes (passou de heroin chic nos anos 90 a vintage muse hoje), faz parte da primeira geração de supermodels e tem a permissão de sua majestade para confrontar a übermodel brasileira Gisele Bündchen (1980), a menina boa (e agora também verde) e, por ora, a mais rica de todas: US$ 180 milhões. Moss que derrapou e perdeu a dianteira por problemas com aditivos, se recuperou e já é a segunda mais bem paga. Kate Upton por enquanto já faturou US$ 2 milhões. É aguardar e contar.

Kate Moss na Playboy (Foto: reprodução)

 

 

  

Cinco guitarras (e seus donos) que mudaram a história do rock

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Fender Stratocaster 1968 - Jimi Hendrix

Jimi Hendrix (Foto: reprodução)


 

Jimi Hendrix está para a guitarra assim como Pelé está para o futebol. Sua intensidade ao tocar era tão grande que vários de seus instrumentos acabaram na lata de lixo após serem destruídos e até queimados. Mas um exemplar em particular era tratado com bastante carinho: uma Fender Stratocaster branca comprada nova em 1968. Foi com ela que Jimi fez o histórico show em Woodstock, em 1969, tocando o hino americano de um jeito que faria Abraham Lincoln ter um ataque epilético dentro do túmulo.

 

A guitarra acompanhou o músico em inúmeros gravações e shows - inclusive na última apresentação de sua vida, no Festival da Ilha de Fehmarn, na Alemanha, apenas doze dias antes de sua morte, em 18 de setembro de 1970. No intervalo entre este show e a overdose que o vitimou, Jimi presenteou Mitch Mitchell (baterista da banda Experience) com a sua guitarra preferida - algo que hoje certamente soa simbólico.

 

 

Mitchell conservou a Strato branca até 1990, quando resolveu leiloá-la pelo então astronômico valor de 198 mil libras. A soma, porém, pareceria troco de pinga três anos depois, quando Paul Allen, um dos fundadores da Microsoft, arrematou o instrumento por US$ 1,3 milhão.

 

Gibson Les Paul 1959 "Number One" - Jimmy Page 

Jimmy Page (Foto: reprodução)


 

"Ela virou minha esposa e minha amante... sem pensão!", diz Jimmy Page a respeito da Les Paul 1959 que ele adquiriu em 1969. O instrumento foi oferecido por Joe Walsh, futuro guitarrista dos Eagles. Quando se pôs a tocá-la, Page imediatamente se apaixonou pelo braço mais fino e elíptico, moldado após um lixamento, pela robustez (comprovada após 44 anos de uso) e pelo som firme e encorpado que iria marcar presença em todos os álbuns do Led Zeppelin a partir de então. 

 

 

Page continua usando esta guitarra tanto em turnês como em estúdio, e gosta tanto do exemplar que resolveu encomendar uma réplica perfeita, com as mesmas modificações da Number One, e que obviamente acabou batizada de Number Two. Ambas acabaram recriadas pela própria Gibson e produzidas em série limitada.  

 

"Frankenstrat" -  Eddie Van Halen

Van Halen (Foto: reprodução)


 

No começo de 1978, os ouvídos dos fãs de música foram perfurados por Eruption, um solo de guitarra que inovava não apenas na técnica de tapping do guitarrista Edward Van Halen, mas também no timbre de distorção com peso e definição que todo instrumentista passou a invejar. A surpresa aumentou ainda mais quando descobriram que Eddie havia feito tudo isso tendo em mãos uma verdadeira gambiarra.

 

 

A chamada "Frankenstrat" era uma junção de componentes baratos, unidos de maneira rústica mas ao mesmo tempo genial. Corpo e braço, por exemplo, foram comprados por apenas US$ 130.

Frankenstrat (Foto: reprodução)


 

A ponte com microafinação, trava e alavanca de trêmolo viraria um item bastante popular entre os roqueiros, e os captadores originais foram arrancados, deixando buracos vazios e um visual detonado que acabou virando marca registrada, junto com a pintura vermelha com listras brancas e negras - a Fender faria réplicas idênticas muitos anos depois, e elas já valem acima de US$ 25 mil no mercado atual.  

 

Red Special - Brian May

Brian May (Foto: Getty Images)


 

Às vezes não basta ser um gênio musical para criar um instrumento próprio. É preciso algo mais - como um pai mestre em eletrônicos capaz de construir TVs e rádios a partir de itens descartados como sucata. Foi o caso de Brian May, guitarrista do Queen.

 

Com situação financeira não muito saudável, em meados da década de 1960 ele e seu pai decidiram construir uma guitarra única. Aproveitaram o mogno da moldura de uma lareira e o carvalho de uma velha mesa de jantar para construir o corpo e o braço, além de peças de motocicleta e de costura (da mãe) para outros mecanismos. Já a parte elétrica - especialidade do senhor Harold May - possibilitou variações de timbre até então inéditas no rock, tanto que nos primeiros discos a banda fazia questão de explicar que, ao contrário do que parecia, não havia sintetizadores nas músicas, apenas a espantosa guitarra de May. 

 

 

Brian usou a "Red Special" por mais de trinta anos em shows e gravações, até que ela literalmente começou a se despedaçar devido à idade. Foi quando um luthier australiano o convenceu de que poderia fazer réplicas perfeitas do instrumento - outras fabricantes como a Guild já haviam tentado produzir cópias autorizadas, sem a mesma complexidade da original. O guitarrista gostou tanto do resultado que resolveu produzir e comercializar uma linha própria de réplicas - além de garantir pelo menos três exemplares para si, como fundo de reserva. 

 

 

Regvlvs Raphael - Sérgio Dias

Sérgio Dias (Foto: reprodução)


 

Se Brian May teve a ajuda do pai para construir sua própria guitarra, o brasileiro Sérgio Dias tinha dentro de casa o irmão Cláudio César Dias Baptista, uma mistura radical de cientista, engenheiro, músico e escritor que sempre foi considerado o quarto integrante dos Mutantes originais (junto com Sérgio, Arnaldo Baptista e Rita Lee). 

 

A pretensão de Cláudio no final da década de 1960 era bem simples: construir a melhor guitarra do mundo em pleno Brasil, país onde na época conseguir um bom instrumento era quase impossível para quem não fosse milionário ou filho de diplomata. Para isso, ele se baseou no estudo da acústica dos violinos Stradivarius. A parte eletrônica também era inigualável para a época, com timbres e efeitos que tornaram os Mutantes uma eterna referência em psicodelia e busca de novos sons. 

 

 

Além da qualidade, a chamada Regvlvs Raphael (criada originalmente para o guitarrista Raphael Vilardi, adotada por Sérgio Dias e depois fabricada em quantidades bem pequenas sob encomenda) tem também uma história inusitada. Uma placa de ouro traz inscrições que revelam uma "maldição" para qualquer um que tentar se apropriar dela indevidamente. Na década de 90, o instrumento seria roubado de Sérgio Dias, mas quando o comprador/receptor encarou a mensagem, resolveu devolvê-la ao músico. 

Site lista 15 brasileiros entre os 500 mais influentes do mundo da moda

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Paulo Borges, Alexandre Herchcovitch, Oskar Metsavaht e Pedro Lourenço  (Foto: reprodução)

 

Quinze brasileiros colocam São Paulo no eixo da moda segundo o portal Business of Fashion, que se dedica a mapear o que há de novo em tendências de moda e comportamento ao redor do mundo. Após ouvir opiniões globais sobre as personalidades mais influentes, Imran Amed, fundador e editor-chefe do site, chegou a uma lista de 500 nomes de 27 nacionalidades.
 

Entre os homens, Paulo Borges, idealizador da SPFW  e CEO da Luminosidade, figura entre as personalidades mais influentes como catalisador. Oskar Metsavaht, Alexandre Herchcovitch e Pedro Lourenço são os designers citados. A designer Patricia Vieira representa as mulheres na categoria.
 

José Auriemo Neto, presidente da JHFS, do Parque Cidade Jardim, e Carlos Jereissati, do Grupo Iguatemi, aparecem entre os empresários.
 

Segundo Amed, não só "Nova York, Londres, Paris e Milão, mas também em São Paulo, Mumbai, Pequim" são conexões vitais no cenário de moda atual.  
 

"Eles são empresários perturbadores que estão construindo a próxima onda de start-ups de US$ 1 bilhão e líderes de opinião, cujos pontos de vista atraem seguidores, on e off-line. Elas são princesas de energia, xeques chiques e modelos, assim como discretos catalisadores que se mantém nos bastidores e detectam e apoiam os maiores talentos da indústria", diz o texto de apresentação de Imran no site.

 

Daniela Falcão, editora-chefe da Vogue Brasil, também editada pela Globo Condé Nast, Constanza Pascolato e Gloria Kalil aparecem na lista. Confira todos os nomes no site.

Um martini entre os melhores do mundo

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Dez dos mixologistas mais importantes do mundo passaram os últimos três dias reunidosna região de Cognac, na França, para definir quem seria o melhor no campeonato The Grey Goose 10.


Cihan Anadologlu do Schumann’s, de Munique, foi declarado campeão nesta sexta-feira e terá um de seus coquetéis servidos na festa do Oscar 2014, quando viajará para Los Angeles. Jean Ponce, o representante brasileiro, coordenador dos bares que pertencem à rede do chef Alex Atala, não levou o prêmio, mas apresentou um martini sofisticado que reflete o perfil de casas como o D.O.M., hoje considerado o sexto melhor restaurante do mundo pela revista inglesa Restaurant.    
 

A primeira etapa do campeonato exige que os participantes criem um dry martini com até cinco ingredientes. Na segunda etapa, os competidores tiveram que usar apenas ingredientes locais, o conceito "field to bottle", uma filosofia seguida pela marca. 
 

Aprenda a receita do drinque que rendeu a classificação de Ponce à final. 
 

  Hommage Grey Goose Martini (Foto: Divulgação)

 

Hommage Grey Goose Martini

Gelo
60 ml de Grey Goose Vodka
10 ml de Noilly Prat
Canapé de couve com Caviar
Grey Goose Vodka com twist de limão siciliano.

Preparo:
Primeiramente, gelar as taça de Martini. Em um mixer glass, colocar 7 cubos de gelo, adicionar o Noilly Prat, mexer com uma bailarina e descartar o mesmo.

Com o mixer gelado e levemente dry, devido ao Noilly Prat, adicionar a vodca Grey Goose, mexer e coar para a taça de Martini gelada.

Colocar o canapé de couve e caviar sobre a vodka para flutuar. Em seguida, borrifar a Grey Goose com aroma de limão.

O coquetel é servido com uma colher para pegar o canapé.

 

  

Cartier lança novos modelos do Tank MC no Brasil

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MC Tank Eskeleton, MC Tank ouro rosa e MC Tank aço, os novos modelos da Cartier (Foto: Divulgação)

 

A Cartier lança mais três modelos de sua linha de relógios no Brasil em novembro. O Tank MC, um dos modelos mais tradicionais da marca, agora ganha caixas em ouro rosa e aço, além do Skeleton, que possui design diferenciado nos ponteiros e é revestido em paládio.

Em comum, todos possuem o mesmo design consagrado da linha, criado pelo próprio Louis Cartier em 1917. O corpo do acessório possui 44 milímetros, presos ao braço por pulseiras de couro. O sistema de movimentação mecânica dos ponteiros é manufaturado na própria casa. 

O Skeleton, destaque da nova linha, possui caixa sem números, o que lhe confere uma aparência sofisticada. Esta versão é vendida apenas sob encomenda, o tornando ainda mais exclusivo.

Os novos relógios estarão disponíveis para compra nas boutiques da Joalheria Frattina, em São Paulo. A loja, inclusive, oferece até o dia 24 de novembro uma celebração com champanhe e chocolates para quem for olhar as peças. No caso de uma compra, eles presenteaim o cliente com um brinde da Cartier. Os preços são sob consulta.


Como seria o time da Iugoslávia nos dias de hoje?

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A seleção da então Iugoslávia durante a Copa do Mundo de 1990 (Foto: Getty Images)

 

A Iugoslávia sempre teve um time poderoso, que conquistou medalhas em Olimpíadas e participou de oito Copas do Mundo, terminando em terceiro lugar em 1930 e em quarto em 1962. Quando o país se dissolveu no começo dos anos 1990, seus jogadores também foram separados em seleções diferentes. Oficialmente, a Fifa e a Uefa consideram a seleção Sérvia a única herdeira do legado iugoslavo, mas as seleções formadas por outros países que constituíam a antiga Iugoslávia são igualmente fortes.

 

Hoje, alguns dos principais jogadores de clubes importantes da Europa vêm da Eslovênia, Sérvia, Macedônia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro e Croácia. Se fosse preciso escalar uma seleção iugoslava para uma competição, não faltariam bons jogadores para compor o elenco.

O goleiro esloveno  Samir Handanovich, atualmente no Inter de Milão (Foto: Getty Images)

 

O responsável por proteger o gol iugoslavo seria o esloveno Samir Handanovich, que joga na Inter de Milão desde 2012. O time teria uma zaga forte, formada pelo bósnio Emir Spahić, atualmente no Bayer Leverkusen; pelo sérvio Antonio Rukavina, do Real Valladolid; e pelos croatas Darijo Srna, do Shakhtar Donetsk, e Dejan Lovren, hoje no Southampton. 

 

O treinador deste time também teria várias opções no meio-campo. Os sérvios Miralem Sulejmani, que hoje joga no Benfica, depois de uma temporada de sucesso no Ajax; e Zoran Tošić, famoso cobrador de faltas e hábil driblador do CSKA Moscow, seriam duas boas opções. Outros candidatos são o esloveno Nejc Pečnik, que joga no clube sérvio Red Star Belgrade e foi o responsável pela classificação da Eslovênia na Copa do Mundo de 2010; e o croata Luka Modrić, atualmente destaque no Real Madrid, depois de cinco anos no Dínamo de Zagreb.

Luka Modric, meio-campista do Real Madrid. (Foto: Getty Images)

 

No ataque, o croata Mario Mandžukić, do Bayern de Munique, teria uma vaga garantida. Outro bom atacante à disposição do técnico iugoslavo seria Filip Đorđević, sérvio que começou a carreira no Red Star Belgrade e desde 2008 joga no Nantes da França.

O atacante Mario Mandžukić comemora um dos gols na final da última Champions League (Foto: Getty Images)

 

  

Uma biografia para dividir os fãs dos Ramones

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Joey apoiando-se no irmão, Mickey  (Foto: divulgação)

 

Os fãs brasileiros dos Ramones vão ficar divididos. Os mais ávidos por informações de bastidores - mesmo que elas não sejam exatamente positivas - provavelmente vão comprar e gostar da biografia do vocalista da banda, morto em 2001 em decorrência de um linfoma. Eu dormi com Joey Ramone - memórias de uma família punk rock (Dublinense) tem a sua versão em português lançada esta semana no Brasil. Trata-se de um texto revelador e detalhado sobre um dos astros mais improváveis do rock mundial.


O título é uma provocação do próprio irmão de Joey, o escritor e músico Mickey Leigh, autor da biografia. O livro lançado em 2009 nos Estados Unidos causou polêmica. Parte dos fãs da banda enviou milhares de cartas para Leigh agradecendo por revelar como o desengonçado e feio Jeffrey Ross Hyman, que sofria de problemas mentais desde muito jovem, alcançou a fama.


Outros ficaram revoltados e até ameaçaram o autor de morte por falar de tantos detalhes negativos, como do fato de uma das primeiras namoradas de Joey ter se prostituído, o traído, e escrito um perfil nada elogioso sobre o ídolo. Ou mesmo criticaram revelações sobre o mais famoso Ramone na fase terminal do câncer que o matou aos 49 anos.


Para Mickey, o livro é mais uma resposta sua para a perda do irmão do que qualquer outra coisa. E, segundo ele, há mensagens positivas que os fãs mais irados não perceberam.


“Não é uma biografia exatamente, é um livro de memórias. Minhas memórias sobre a minha vida. Se os fãs de Ramones não gostam, sinto muito”, afirma o autor, que está no Brasil (toca nesta quinta-feira no Ozzie Pub) para o lançamento e conversou com a reportagem da GQ. “Para mim, um dos motivos para escrever o livro foi mostrar que este cara que falaram que nunca daria certo vivendo em sociedade provou que todo mundo estava errado.”


Capa do livro "Eu dormi com Joey Ramone" (Foto: Divulgação)

 

Ao ler o livro, fiquei com a impressão de que uma das suas ideias principais é que a família é a última coisa que resta para uma pessoa. Eles serão sempre aqueles que vão estar ali por você no final das contas. É isso?
Sim, você descreveu perfeitamente. Acho que há duas grandes mensagens. Não sei qual das duas é maior. Para mim, um dos motivos para escrever o livro foi mostrar que este cara que falaram que nunca daria certo vivendo em sociedade provou que todo mundo estava errado. Por outro lado - e não quero ficar me gabando demais -, se ele tivesse uma família diferente, eu não acho que ele teria sobrevivido. Não teria conseguido o encorajamento para seguir em frente. Eu ensinei o Joey a tocar guitarra e ele escreveu suas primeiras músicas. Mesmo que ele me deixasse louco e a gente brigasse algumas vezes, eu tentava entender. Eu li livros de (Sigmund) Freud para tentar ajudá-lo. Mas às vezes era como tortura chinesa. Ele não parava de bater na mesa ou deixava a torneira aberta ou ficava jogando os tênis na porta do meu quarto. Uma tortura. Algumas vezes, era embaraçoso irmos para a escola juntos. Ele chegava perto de uma escada e não queria subir. Eu ficava com ele parado tentando convencê-lo e aquelas garotas que a gente admirava ficavam rindo da situação.


E o Joey não era um cara bonito. Ele era diferente.
Ele não se parecia com Justin Bieber. (Risos) Ou Brad Pitt. Isso era engraçado. Acabou funcionando. Há uma foto em que ele está segurando um gato e as pessoas ficaram falando “oh, Joey, você é tão bonito e sexy”. Mas as garotas na escola não olhavam para nenhum de nós. Eu não sou tão diferente quanto ele, mas nenhum dos dois era o tipo de cara com quem elas gostariam de sair. Éramos aberrações.


Há toda esta discussão aqui no Brasil sobre biografias autorizadas ou não. Você é da família do Joey, mas deu detalhes que ele provavelmente não gostaria que fossem divulgados. Como você lidou com este tipo de dilema?
Não é uma biografia exatamente, é um livro de memórias. Minhas memórias sobre a minha vida. Se os fãs de Ramones não gostam, sinto muito. Muitos se sentiram ressentidos. Falam “não quero ler sobre o irmão de Joey Ramone”. Então não leia. É por isso que queria este título. Ele deixa bastante claro que o livro é sobre mim. Eu dormi com Joey Ramone. Você deveria estar assistindo desenhos, o Bob Esponja, se não entende isso. A maioria das pessoas entende.


E o que você acha que o seu irmão iria achar do livro se fosse vivo?
Eu acho que ele não ficaria feliz com isso. Mas entenderia. Perceberia que tudo de ruim que escrevi a seu respeito balanceei com as piores coisas a meu respeito também. Algumas vezes nós brigamos e ele tentou se desculpar, mas eu não aceitei, por exemplo. Sem contar que no livro eu falo sobre o meu maior crime, que me levou para a prisão: eu vendi maconha. Não tenho certeza se falei no livro, mas eu achava que estava fazendo um serviço para o mundo. No fim, talvez eu tivesse mesmo.


Como você decidiu que deveria escrevê-lo?
Porque achei que era uma história que deveria ser contada, por várias razões. Eu me sinto justificado pelas respostas ao livro, as milhares de cartas. E não estou brincando. Desde que ele foi lançado, recebi milhares de cartas agradecendo por eu ter escrito o livro. Eu queria que algumas coisas fossem contadas. Eu sentia que estava escondendo coisas. Havia fatos dos bastidores do primeiro álbum, por exemplo, que ninguém sabia. Se eu não dissesse, todo mundo continuaria sem saber.


Você se sentiu aliviado ou alguma coisa parecida quando lançou o livro?
Eu me senti aliviado quando recebi as cartas agradecendo por eu ter escrito o livro. Mas me senti mais aliviado quando pude figurativamente “largar a caneta”, desligar o computador. Porque eu fiquei feliz com o resultado.

Sprng Clip: a simples solução para os fones de ouvido da Apple

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Sprng Clip (Foto: divulgação)


 

Quando o iPhone 5 ganhou as lojas do mundo, em 2012, uma das principais novidades foram os chamados EarPods, os novos fones de ouvido intra-auriculares que, segundo a Apple, consumiram nada menos de três anos para serem desenvolvidos. 

 

Em relação aos modelos anteriores, cuja qualidade era simplesmente descartável, os EarPods realmente oferecem maior qualidade de áudio, principalmente nos tons graves, até então inexistentes para quem se sujeitava a usar os fones de ouvido originais de iPhones e iPods.

 

Porém, uma coisa permaneceu problemática: o encaixe dos EarPods nos ouvidos. Apesar de a Apple afirmar que o novo formato se adaptava a todo tipo de anatomia, o fato é que para muitas pessoas eles caem facilmente da orelha. O mesmo ocorre com quem possui algum tipo de oleosidade no local, pois o plástico acaba escorregando - ao contrário dos fones intra-auriculares mais sofisticados, não há espumas ou borrachas capazes de modelar, preencher e isolar o espaço livre. A própria arquitetura dos EarPods não permite o uso desse artifício, pois as saídas de som são direcionadas para as laterais.

Sprng Clip (Foto: divulgação)


 

Para resolver tudo isso de uma vez, o estúdio de design americano OHM desenvolveu uma espécie de suporte flexível capaz de fixar os EarPods de maneira confortável e segura. Feitos de elastrômetros, os Sprng Clips se encaixam na concha das orelhas sem muita pressão, e permitem que o usuário ajuste a altura em que os fones devem ficar para obter a melhor reprodução sonora. Para quem costuma correr ou praticar esportes ao ar livre, a mudança promete ser drástica. 

 

 

A fabricante OHM traz no currículo uma série de trabalhos feitos para marcas de áudio hi-end (caixas acústicas, amplificadores, players), eletrodomésticos (cafeteiras, fogões), veículos e até usinas de energia eólica. Pela internet, o par de Sprng Clip está à venda por U$ 10,00.  Mas lembre-se: ele foi desenvolvido especificamente para os EarPods.

 

Se o seu fone de ouvido da Apple é outro, mais antigo, faça um favor a seus ouvidos e compre algo realmente bom de marcas como Klipsch, Sennheiser, AKG, Bose, ou mesmo modelos mais sofisticados da Sony e da Panasonic. Acredite: poucos investimentos trarão tantos benefícios para o seu dia-a-dia.

“Gostoso comer cocô, né, pai?”

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Pai e filho comendo sorvete (Foto: Getty Images)

 

E um dia, com uns dois, três meses, ele vai descobrir o pai. A mãe, protetora, provedora, essa ele já conhece faz tempo, desde o primeiro dia. Mas um dia vai perceber aquele homem que o pega no berço de madrugada e leva para o peito cheio de leite da mãe. Aquele homem que troca sua fralda, que faz ele dormir, que empurra seu carrinho. E vai sorrir com a boca sem dentes para aquele homem.
 

Ele vai procurar a voz grossa dele, cada vez mais. Vai esticar os bracinhos pra ele quando quiser colo. Vai sorrir mais e mais.
 

Um dia o bebê vai aprender as primeiras palavras, e vai começar a falar mais que a boca, com todo mundo. Inclusive com o pai.
 

Ele vai perceber que o pai tem barba. Vai gostar de esfregar a mão macia no rosto espetudo. Vai ficar bravo quando o pai fizer a barba. E dia após dia ele vai comentar: "A barba tá crescendo, né, pai". Um dia o pai vai fazer a barba outra vez e vai começar tudo de novo.
 

É o pai quem vai ensinar o filho a puxar a pele do pipi no banho. Vai ensinar a passar sabão, a lavar bem lavado. Um dia o filho vai conseguir fazer isso sozinho e ficar todo orgulhoso.
 

O pai vai ensinar para o filho as músicas mais idiotas. O hit vai ser E vomitaram no trem. Um clássico. "E vomitaram no trem/ e vomitaram no trem; e era só macarrão/ e era só macarrão; com pedacinhos de carne/ com pedacinhos de carne..."
 

O pai vai embarcar nas besteiras do filho. "Gostoso comer lesma, né, pai? E peixe estragado então? hum... Cocô de vaca eu adoro". E o pai vai gargalhar, e o filho também, um pouco por causa das besteiras, um pouco por ver a gargalhada do pai.
 

Um pai volta a ser criança também.
 

O pai é especialista num prato muito elaborado: ovo frito. Todo domingo à noite ele frita um ovo para o filho. Que come feliz, molhando o pão na gema mole. O pai também faz um miojo de vez em quando. Não fica tão bom mas o filho também gosta.
 

Cultura pop é com o pai. É ele quem vai explicar que o Super Homem veio de Krypton. Vai dizer que aquela língua grande na camiseta é de uma banda chamada algo bem difícil de dizer. Vai colocar uma música dessa banda e os dois vão ficar pulando na sala. Toda vez que o filho colocar a camiseta vai perguntar: "Como chama essa banda mesmo, pai?"
 

O filho, se tudo correr nos conformes, vai torcer pro time do pai. Não importa se estiver na Segunda Divisão, não importa a cor da camisa. "A gente torce pro Corinthians, né, pai?", ele vai perguntar, reafirmando sua fé. Mesmo que não tenha paciência de assistir mais de cinco minutos de um jogo pela televisão. Mesmo que nesses cinco minutos o personagem mais fascinante pra ele seja o juiz. "Por que ele tem uniforme laranja, pai?" 

Pai e filho com moto (Foto: Getty Images)

 

É do pai que o filho vai levar um ataque de cosquinha. Às vezes vai acontecer logo depois de comer. Vez ou outra ele pode ter ânsia. E talvez até vomite. O pai vai levar uma bronca mais do que merecida da mulher. O filho vai ficar bravo com o pai. Momento de caos. Mas não vai durar muito. Logo ele vai pedir: "Vamos brincar de cosquinha, pai?"
 

Na entrada da escolinha o filho vai falar orgulhoso pra professora, pros amiguinhos: "Esse aqui é o meu pai." "Quem me trouxe hoje foi meu pai." "Você viu que o meu pai tá aqui comigo?"
 

É com o pai que o filho vai aprender as marcas dos carros, das motos. É com o pai que o filho vai passear na concessionária no sábado. Na hora da compra, o pai vai fazer a maior manobra pro filho achar que quem escolheu a cor foi ele. E o menino vai dizer pra todo mundo: "Eu que escolhi vermelho."
 

O filho vai pedir pra ligar a moto do pai, pra desligar, pra acelerar, pra buzinar. O pai vai deixar, na maioria das vezes. De vez em quando vai estar com pressa e não vai deixar. O filho vai ficar bravo. E o pai vai se arrepender de não ter perdido dois minutos daquele dia deixando o filho se achar o Valentino Rossi.
 

O pai vai dar de presente um capacete de verdade pro filho. Que ele vai deixar cair no chão inúmeras vezes, vai esquecer onde guardou. Por muito tempo vai ser seu brinquedo favorito.
 

Um dia o pai vai se dar conta que boa parte das brincadeiras, das bobagens, das besteiras que fala e faz com o filho são as mesmas que o pai dele fazia com ele.
 

E não vai ter dia que o pai não vai imaginar o seu filho fazendo os mesmos programas e falando as mesmas bobagens com o filho que um dia ele vai ter.
 

E nada vai fazer um pai mais feliz.
 

Siga no Twitter: @padillaivan

Pai e filho (Foto: Getty Images)

Citroën e Microsoft apresentam C3 Xbox One Edition

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O exclusivo Citroën C3 Xbox One Edition terá apenas 50 unidades (Foto: Divulgação)

 

Jovem, conectado e dinâmico. Quando Citroën e Microsoft perceberam que seus públicos tinham gostos e hábitos parecidos, surgiu a ideia de uma parceria, que acabou resultando no exclusivo C3 Xbox One Edition. O hatch premium vem acompanhado do mais novo lançamento da gigante de tecnologia.


Apenas 50 carros serão produzidos nesta união. Da mesma forma, os consoles que acompanham o veículo serão os primeiros a ser fabricados no Brasil, o que torna toda a experiência mais exclusiva. Para comprovar, um chaveiro com identificação mostra qual o número do seu carro.


Além do carro e do console, os clientes exclusivos que adqurirem o carro terão acesso à Xbox Live, a rede online da Microsoft, gratuitamente durante um ano. Além disso, uma cópia de Forza Motosport 5 e uma mochila estão incluídos no pacote. 

Laterais possuem adesivos personalizados do videogame (Foto: Divulgação)

 

"A Citroën sempre teve como pilar a tecnologia. Nossos carros sempre tiveram a preocupação de usar os melhores e mais modernos equipamentos, sempre pensando no futuro. Daí, uma parceria dessas com a Microsoft veio de forma natural", falou Francesco Abbruzzesi, presidente da marca francesa no Brasil.

Traseira também possui sticker customizado (Foto: Divulgação)

 

O C3 Xbox One Edition vem na cor preta (Noir Perla Nera) e traz adesivos no teto, laterais e parte traseira. No interior, possui banco customizado. Entre os itens de série, estão direção elétrica, ar-condicionado digital, piloto automático, acendimento automático dos faróis e sensor de chuva, rádio CD Pioneer com sistema HIFI-like + entrada USB + Bluetooth e retrovisor com regulagem elétrica interna.


Na parte estética, o automóvel é equipado com rodas em liga leve 16", maçanetas e coquilhas dos retrovisores cromadas, pedais com acabamento em alumínio e ponteira do escapamento cromada. Tudo empurrado por motor de 122 cv de potência e câmbio manual.

Citroën C3 Xbox One Edition (Foto: Divulgação)

 

Outra novidade da marca é a forma de comercialização, que será totalmente online. Para comprar, o cliente deve entrar no site da Citroën. Todos os serviços e notificações referentes ao carro também serão feitos na plataforma. O C3 Xbox One Edition será vendido por R$ 49.990. 

Caco Galhardo - Julio & Gina

Maserati inaugura primeiro showroom exclusivo em São Paulo

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Maserati (Foto: divulgação)


 

A Rua Colômbia forma junto com a a Avenida Europa o corredor das supermáquinas importadas em São Paulo. Ali estão representadas todas as marcas premium do setor automotivo, numa concentração tão grande que já se tornou ponto turístico da cidade. 

 

A mais nova atração do local é o primeiro showroom próprio da Maserati na América Latina - antes, a grife italiana dividia espaço com a Ferrari, já que ambas pertencem ao mesmo grupo industrial, além do mesmo representante no Brasil. O espaço de 650 m² deixa em exibição os modelos comercializados no país, e deve receber em breve o Ghiibli, o mais novo lançamento, um sedã baseado no Quattroporte com dimensões um pouco mais compactas e mais leve. 

Maserati (Foto: divulgação)


 

Como todos os carros que a maioria das pessoas só vê em fotos, os Maserati são muito mais impressionantes ao vivo, com suas linhas de corte tipicamente italianas, elegantes e ao mesmo tempo agressivas, a grade dianteira sempre ameaçadora e os detalhes de acabamento que só uma manufatura artesanal pode proporcionar.

Maserati (Foto: divulgação)


 

Por hora, os clientes podem apreciar o Quattroporte GTS (atual top de linha no país, um sedã de luxo com potência de supercarro), o GranCabrio Sport (conversível de dois lugares com 450 cavalos), o GranTurismo Sport (cupê do tipo 2+2 com velocidade máxima na casa dos 300 km/h) e o GranTurismo MC Stradale (versão do GranTurismo com especificações típicas dos carros de corrida).

 

O showroom já está em funcionamento, e fica no nº 635 da Rua Colômbia, no bairro dos Jardins. 


Prada inaugura terceira loja no Brasil

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Faixada da nova loja da Prada, em Brasília (Foto: Divulgação)

 

O Brasil sempre esteve na rota de expansão da Prada na América Latina. A marca, que já possui duas lojas em território nacional, prepara-se para abrir mais um espaço, desta vez no shopping Iguatemi, em Brasília, nesta quarta-feira (13).

Com 440 metros quadrados, a boutique traz todas as mais recentes coleções da grife. Além disso, bolsas foram criadas exclusivamente para o lançamento - uma boa oportunidade para agradar sua mulher no meio da semana.

Parte interna da loja da Prada em Brasília (Foto: Divulgação)

 

A Prada ainda planeja abrir mais três novas lojas até o final de 2013. A cidade de São Paulo ganha sua terceira, enquanto Curitiba e Recife recebem a marca pela primeira vez. A capital de Pernambuco, inclusive, terá um espaço de 510 metros quadrados. Elas serão inauguradas em 21 e 26 de novembro, e 5 de dezembro, respectivamente.

"Blue Jasmine" acerta com humor ácido e boa atuação de Cate Blanchett

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Blue Jasmine (Foto: divulgação)


 

Woody Allen vem cumprindo à risca a tarefa que ele mesmo se impôs: filmar um projeto por ano. Depois de Ponto Final - Match Point, quando filmou na Inglaterra e inaugurou sua fase fora dos Estados Unidos, ele já voou da Europa para a América, em filmes como o grande sucesso Meia-Noite em Paris, Para Roma com Amor. Agora, ele retorna aos Estados Unidos com Blue Jasmine.

 

Desta vez, porém, Allen não vai para Nova York, mas para a costa oeste do país, San Francisco.

 

Na trama, a socialite nova-iorquina Jasmine (Cate Blanchett), se muda para o modesto apartamento da irmã, Ginger (Sally Hawkins), em San Francisco, a fim de se reerguer. Isso porque ela acaba de se separar do milionário Hal (Alec Baldwin), quando descobriu que foi traída.

Blue Jasmine (Foto: divulgação)


 

Vestindo roupas de grife, carregando malas Louis Vuitton recheadas de vestidos de marcas de luxo, Jasmine chega à cidade frágil, viciada em antidepressivos, mas sem desistir de encontrar o novo príncipe encantado. Enquanto isso não acontece, ela aceita trabalhar como recepcionista em um consultório odontológico de Flicker (Michael Stuhlbarg).

 

Com idas e vindas no tempo, Woody Allen conta histórias paralelas e fornece cada vez mais detalhes das vidas dos personagens ao público. Bem a seu estilo, os diálogos escritos por ele são regados de ironia e humor ácido, que provocam risos nervosos na plateia e admiração pelo realizador.

 

 

Mais uma vez, os fãs do diretor não vão sentir falta das suas neuroses implícitas nas características da ótima Cate Blanchett. Ela fala sozinha, toma tranquilizantes, muda de classe social, mas o problema é que não aceita isso tudo e quer aparentar ser aquilo que não é mais. Como consequência, mente, inventa, vive no mundo da lua.

Blue Jasmine (Foto: divulgação)


 

Alec Baldwin, que já havia trabalhado com o diretor em Para Roma com Amor, volta nesta trama como um canalha de marca maior, que vai aprontar com a mulher.

 

Com ótima trilha sonora, aproveite para curtir ainda mais enquanto sobem os créditos.

Reservas que fizeram história: Roger Milla, o craque que Camarões trouxe do banco

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Roger Mila (Foto: Getty Images)


 

Roger Milla foi o principal expoente da seleção de Camarões que proporcionou os mais divertidos momentos da chata Copa do Mundo de 1990. Ele marcou quatro gols, foi o líder de um time que jogava para a frente e alegrou o planeta ao comemorar os tentos com uma dancinha pra lá de curiosa tendo a bandeirinha de escanteio como parceira.

 

O curioso é que, apesar de ser o maior nome da seleção camaronesa, Milla era “apenas” um reserva daquele time. Ele iniciou no banco todas as cinco partidas que Camarões fez na Copa do Mundo. Permanecia como opção e entrava em campo quando o técnico Valeri Nepomniachi sentia que a coisa estava feia e precisava de alguém para resolver.

 

E Milla resolvia. Seus dois primeiros gols foram marcados contra a Romênia, quando a partida registrava um amarrado 0 x 0. Ele pisou no gramado aos 16 minutos da segunda etapa e, aos 21 e 31, fez os gols que deram a vitória e a classificação à fase seguinte aos camaroneses.

Roger Mila (Foto: Getty Images)


 

Também quebrou o 0 x 0 nas oitavas de final contra a Colômbia – marcou duas vezes, já na prorrogação, e derrotou o time de Higuita e Valderrama. Assim, levou Camarões às quartas de final, na melhor campanha de uma seleção africana até aquele momento.

 

Ele e Camarões só pararam de avançar quando perderam para a Inglaterra, em uma épica partida. Milla não marcou nesse dia, mas sofreu o pênalti que resultou no primeiro gol e fez a assistência para o segundo gol da seleção africana. O bom jogo, porém, não foi suficiente para impedir a vitória dos adversários por 3 a 2.

 

 

A não escalação de Milla como titular tinha explicações lógicas. À época da Copa de 1990, o atacante já contava 38 anos. Além disso, havia se despedido da seleção camaronesa dois anos antes e não se sentia em condições de ajudar o grupo. Acabou atendendo aos clamores populares e juntou-se ao elenco no Mundial da Itália. Ainda assim, não se via entre os 11 titulares. A história acabou por reverter todo esse raciocínio.

Roger Mila (Foto: Getty Images)


 

O bom desempenho de Milla na Copa da Itália fez com que ele se mantivesse por mais tempo na seleção de Camarões. Jogou o Mundial de 1994 e, ao marcar contra a Rússia, tornou-se, com 42 anos, o jogador mais velho a fazer um gol em Copas do Mundo. É um recorde que provavelmente jamais será batido.
  

Piloto imita manobras de "Need for Speed: Rivals" em vídeo

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Vídeo (Foto: Reprodução)

 

Assim como em filmes, há momentos em que os games imitam a vida real. Ou seria o contrário? Depois de ver o vídeo do piloto Ken Block, para a promoção de Need for Speed: Rivals, essa dúvida vai incomodá-lo pelo resto do dia.

Gymkhana é uma série de sucesso do piloto americano que já possui seis vídeos. O sexto vídeo alcançou mais quase 9 milhões de visualizações no Youtube. Os anteriores também foram patrocinadas por outras marcas. Mas o último não poderia se encaixar melhor com seu produto de divulgação - afinal, o jogo também é cheio de derrapadas e as Lamborghinis pretas são as mais temidas unidades de polícia, que podem acabar com sua corrida.

Need for Speed: Rivals já é o 27º título da franquia, publicada pela EA Games. o jogo se passa no condado de RedView, onde os pilotos do mundo dos rachas são perseguidos pelo policiais, que não evitam em usar força excessiva. Até que um grupo de corredores decide que é hora de revidar.

Need for Speed: Rivals deve privilegiar perseguições (Foto: Divulgação)

 

O game repete a fórmula de Most Wanted, antecessor onde a perseguição entre tiras e infratores era o foco principal. Agora, entretanto, parece que as batidas terão mais espaço do que as corridas. Em gameplay divulgado recentemente, a produtora Ghost revelou que será possível jogar com ambos os lados dessa disputa de poder. Para aumentar a emoção nas perseguições e corridas, o próprio Ken Block serviu como conselheiro, tornando a experiência mais real.

O lançamento chega às lojas na próxima terça-feira (19), para Xbox 360 e One, Playstation 3 e 4, e PC. 

Os 50 anos da morte de Kennedy

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 John Fitzgerald Kennedy e Jacqueline Kennedy no fatídico passeio de carro por Dallas (Foto: Getty Images)

 

O melhor livro sobre o assassinato de John Fitzgerald Kennedy, que completa 50 anos na semana que vem, foi encomendado por sua própria mulher, como lembrou Elio Gaspari, na Folha.

Semanas após o assassinato, Jackie Kennedy escolheu o historiador William Manchester (autor de um perfil laudatório do presidente publicado meses antes) para fazer o relato dos dias seguintes à morte. Desde que o texto final fosse apresentado a ela, Jackie garantiu-lhe acesso à família, staff e documentos. Lembrei-me, é claro, de nossa polêmica das biografias, mas vou resistir à tentação de falar disso – o tema aqui é mesmo o cinquentenário do assassinato de Kennedy. E, se for para escolher apenas um livro para ler sobre o assunto – e olha que já foram escritos 40.000, segundo o NY Times – a indicação é mesmo A morte de um presidente, de Manchester.
 

Kennedy foi morto na de 22 de novembro de 1963. Nos meses seguintes, Manchester entrevistou quase todos os homens de confiança do presidente, a viúva (cujas cinco horas de gravação só poderão ser escutadas na íntegra em 2067, por força de acordo judicial), e outras figuras importantes, como Lyndon Johnson, que assumiu a presidência após o assassinato.
 

O resultado é um retrato detalhado daqueles dias a partir da visão das pessoas mais próximas do presidente, e no calor do momento. Um trabalho possível apenas ao historiador com acesso privilegiado às fontes. É também um caso raro de colaboração de objeto de pesquisa, por polêmica que seja, e pesquisador – embora o texto final tenha passado por aprovação da família, e Manchester tenha sofrido forte pressão, especialmente de Robert Kennedy, por descrever fatos prejudiciais às suas aspirações políticas. O historiador teve de ceder em muitos momentos. E ainda assim o livro que escreveu é incrível.
 

O melhor é a riqueza de detalhes. Como na descrição de Dave Powers, braço direito do presidente, escolhendo a roupa com que Kennedy será enterrado – ele dobra o lenço que seria colocado em seu bolso, de modo a esconder as iniciais JFK, como o próprio presidente gostava. “Kennedy costumava dobrar cuidadosamente o lenço, para que as iniciais não aparecessem, e Thomas (criado de quarto) fazia o mesmo para ele agora”, escreveu.
 

Em um dos trechos mais impactantes, Manchester descreve ter visto o estado em que ficaram as roupas que usava Jackie Kennedy no momento em que seu marido foi baleado na cabeça (dois tiros, que espatifaram seu crânio). Elas estão guardadas em sótão de Georgetown a que o autor teve acesso:
 

Sem que ela saiba, as roupas que Jackie Kennedy usava naquele brilhante meio-dia de Dallas repousam em um sótão nos arredores da 3017 St., Georgetown. Na noite do atentado, ela havia dito que jamais veria aquelas roupas de novo. E não viu. Elas ainda estão lá, em uma das duas longas caixas de papel pardo, encaixadas entre as vigas do telhado. Na primeira, está marcado “12 de setembro de 1953”, a data de seu casamento – ali está o vestido que usou ao casar. A etiqueta colada na outra caixa indica: “usado por Jackie, 22 de novembro de 1963”. Dentro do recipiente, dispostas ordenadamente, estão o tailleur de lã cor-de-rosa, o vestido preto, os sapatos de salto baixo e, envolto em uma toalha branca, as meias que usou. (...) Um intruso poderia concluir que essas são apenas roupas elegantes que haviam saído de moda e que, por terem sido associadas a alguma ocasião agradável, não haviam sido descartadas.

Se o invasor olhar mais de perto, no entanto, ele ficaria perplexo. Se fosse uma lembrança de um momento feliz, a roupa seria lavada antes de guardar. Obviamente, este traje não foi limpo. Há manchas horríveis na parte da frente e na bainha da saia. No couro da bolsa e no interior de cada sapato há uma crosta vermelha, endurecida. E as meias estão em condições estranhas. A mesma substância alterou as riscas das meias, interrompendo os padrões verticais. Os coágulos descascaram; eles são agora minúsculos e frágeis grãos que repousam na toalha. Ao examiná-los de perto, o intruso notaria seu engano. Essas roupas, ele perceberia, não estão guardadas por razões sentimentais. Ele perceberia que haviam sido usadas por uma mulher jovem e esbelta que se deparara com algum acidente terrível. Ele poderia ponderar se ela havia sobrevivido. Ele poderia até se perguntar quem teria sido o culpado.

Velório Kennedy (Foto: Getty Images)

 

Na estante

A morte de um presidente. William Manchester. (Esgotado no Brasil, disponível apenas em sebos)
 

The death of a president. William Manchester. (No original, em inglês, mais em conta)
 

An Unfinished Life. Robert Dallek. (A melhor biografia em um único volume de John Kennedy)

 


  

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