Se você tem uma queda por carros esportivos, com certeza já sonhou acelerar um Porsche 911. Dizer que ele é um dos modelos mais tradicionais desse segmento não é exagero: sua primeira versão foi apresentada no salão de Frankfurt em 1963, e, já naquela época, chamou atenção por passar com facilidade dos 200km/h.
Durante três dias, a GQ testou todos os recursos da nova versão desse veterano que acaba de desembarcar no Brasil. À primeira vista, não há mudanças radicais, e isso não é ruim. Faróis e lanternas sofreram uma sutil “reestilização”, a posição de dirigir é a mesma, o conta-giros continua no centro do painel, a chave de ignição ainda fica do lado esquerdo do volante e os botões continuam lembrando carros de corrida.
O que mudou mesmo está embaixo da tampa traseira. Agora o 911 GTS está equipado com motor 3.0 V6 – que felizmente permanece lá atrás – com turbocompressores, quase um pecado para os fãs do estrondoso ronco dos aspirados (que equipavam as versões anteriores).
Na cidade, o esportivo continua um estranho fora do ninho: qualquer lombada, buraco ou entrada de prédio parece um precipício, e o barulho do carro raspando é inevitável – acompanhado da expressão de dor de quem vê essa cena.
Depois do rally pelas ruas de São Paulo, pegamos a estrada rumo ao Haras Tuiuti para enfim acelerar a máquina na pista. No circuito travado, com curvas de baixa e alta velocidade, o modo Sport + foi acionado, o que deixou a direção (ou melhor, a pilotagem) extremamente divertida. Quando foi provocada, a máquina se mostrou equilibrada e muito arisca nas retomadas de velocidade.
Na pista, ficou evidente também a eficiência do novo câmbio de dupla embreagem, que garante trocas mais ágeis usando as aletas atrás do volante. A cereja do bolo é o sistema de largada – capaz de levar o superesportivo de zero a 100km/h em 3,6 segundos.
A velocidade final do 911 chega a 310km/h.
Nada mal para um cinquentão. Agora é só esperar a versão "acessível" prometida pela Porsche.
Segunda maior cidade de Portugal, o Porto costuma ser descrito como “o primeiro dos outros” devido à atenção que Lisboa recebe na maioria das esferas da sociedade lusitana. Fato que alimenta uma daquelas rixas regionais veladas - ou escancaradas, dependendo do tema. No turismo, Lisboa é a joia da coroa, a cidade que mais recebe visitantes no país, a maior estrutura hoteleira e por aí vai. Recentemente, no entanto, Porto tem investido para se tornar o destino português do futuro. Algo já notado por quem visita no presente - e que é sugerido fazê-lo agora, antes que hordas de turistas invadam a Cidade Invicta.
Este texto não quer fazer o viajante que namora a ideia de visitar Portugal abandonar os planos de ir a Lisboa. A capital lusitana não deixou de ser interessante, nostálgica e rica, mas o Porto tem tanto quanto (ou mais) a oferecer ao turista - com uma beleza própria incomparável, acompanhada de filas e preços menores que os de Lisboa.
Seja na história e na cultura, seja na gastronomia e na coquetelaria. Abaixo, os porquês do Porto ser hoje a cidade mais interessante para se visitar em Portugal.
Gastronomia
Come-se bem em Portugal como um todo e isso não é novidade. Cada região tem sua especialidade e no Porto não é diferente, onde carnes pesadas e uma variedade de frutos do mar dominam os cardápios. A unanimidade popular local é a Francesinha, um empilhamento de embutidos e bifes em meio a duas fatias de pão, formando um sanduíche embrulhado em queijo derretido e servido em prato fundo, mergulhado em molho picante.
O Porto é também alta gastronomia - são quatro restaurantes estrelados pela Michelin em 2017. Um deles, o Antiqvvm, do chef Vitor Matos, representa bem a nova onda de grandes atrações que a cidade vê se formando. Logo em seu primeiro ano de atividade conquistou a estrela baseando seu trabalho na culinária local e jogando com sua inventividade. Fugindo do mantra “menos é mais” e do minimalismo da cozinha internacional, o cardápio de Matos apresenta criações que extrapolam os 15 ingredientes.
Em entrevistas, o chef estrelado afirma ter um “compromisso com a complexidade”. Outro compromisso é com o acesso ao seu trabalho, que pode ser provado nos almoços executivos a 27,50 euros (menu completo: couvert, entrada, prato principal, sobremesa e uma bebida). Seu sócio, Johnny Gomes, garante que a atenção ganhada com a estrela Michelin não será suficiente para aumentar valores ou acabar com o menu mais acessível.
Coquetelaria
O vinho do Porto levou o nome da cidade para o mundo e não é de se surpreender que até hoje ele seja muito consumido pelos locais. Não exclusivamente, no entanto. A cidade tem ganhado casas especializadas em drinks, numa variedade que vai desde os clássicos e sisudos speakeasies, até modernas e efervescentes casas culturais.
Próximo à rua Galeria de Paris, onde faz-se a noite do Porto, está o The Royal Cocktail Club. Aberto em abril, o speakeasy se dedica à coquetelaria de autoria, com criações dos barmen da casa. Clássicos bem apresentados (Pisco Sour, 8 euros) e invenções surpreendentes (Candelight, 11 euros) compõem a carta do Royal, que ainda reserva um espaço, em seu subsolo, para uma espécie de luderia.
Outro exemplo de ambiente que ganha força na noite do Porto é o Maus Hábitos. Restaurante, bar, galeria de arte, casa de show, balada. Independentemente do que está rolando na movimentada agenda do bar, é válida a visita para, pelo menos, provar o novo queridinho dos locais: o Porto tônico (3,50 euros) - sem rodeios, vinho do Porto branco substituindo o gim.
Cultura
Lisboa é a capital cultural de Portugal e nada dá mostras de que isso irá se alterar nos próximos anos, ainda mais com o calibre de inaugurações recentes, como o Maat (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) - parte de um processo informalmente apelidado de “Lisboom”. Dito isso, vale destacar o que o Porto possui de único em sua oferta de museus, galerias e centros.
Em um terreno de 18 hectares tomado por um bosque centenário, a Fundação de Serralves se propõe a ser “um museu de referência, embora periférico”. Exposições temporárias e da coleção local que buscam olhares “menos óbvios” e “mais livres à análise” formam o portfólio da casa desde sua inauguração, em 1999. O projeto do arquiteto Álvaro Siza é, por si só, uma obra a ser apreciada.
Construída tendo em vista o ano em que o Porto foi Capital Europeia da Cultura, em 2001, mas inaugurada apenas em 2005, a Casa da Música é uma das melhores salas de concerto do país - não só pela sua estrutura, mas também pela agenda de eventos. No calendário, concertos que variam da residente Orquestra Sinfónica do Porto (ingressos a partir de 10 euros em espetáculos selecionados) a sucessos internacionais, como a brasileira Céu (em 6/11, 25 euros).
História
O desenvolvimento do Porto passa invariavelmente pelo sucesso e aceitação internacionais do vinho que leva o nome da cidade. Explorar a trajetória da bebida é uma das maneiras mais interessantes de conhecer a história local. Há diversas formas de se fazer isso - e todas envolvem taças.
Degustar o vinho em uma das garrafeiras espalhadas pelo Porto ou em caves na ribeira da vizinha Vila Nova de Gaia é uma opção válida para os mais práticos. Nada se compara, no entanto, a ida à região do Douro, que hospeda as quintas produtoras da bebida - de marcas como Sandeman (Quinta do Seixo) e Real Companhia Velha (Quinta das Carvalhas).
Além de vistas espetaculares, tours para a região tombada pela Unesco envolvem visitas ao Museu do Douro (na cidade de Peso da Régua) - com uma didática abordagem da história do vinho do Porto -, passeios de barco pelo rio Douro e visitas guiadas pelas famosas quintas - onde é possível conhecer as vinhas e toda técnica de produção do vinho.
Veredito
Com a capacidade de oferecer serviços e entretenimento como qualquer outro grande destino europeu, e ainda em contato com um Portugal mais tradicional e verdadeiro que o da cosmopolita (e sempre cheia) Lisboa, o Porto é e cada vez mais será uma opção pelos lados de lá. Até porque não vai machucar ninguém alguns dias em uma terra que tem o seu próprio vinho.
O nascimento de um filho é o acontecimento mais transformador da vida de um homem. O que pode ser mais importante do que isso? Talvez salvar vidas.
Foi isso que pensou o bombeiro Alan Fritsch, que quase perdeu o parto de sua esposa para resgatar um outro pai, seus dois filhos e mais uma criança de uma casa em chamas em Sydney, na Austrália.
Olha como foi o dia desse bombeiro que nem conheço, mas considerado muito: Fritsch recebeu uma chamada de emergência às 7h, na terça-feira (31), e correu para o local da ocorrência. Ele conseguiu tirar dois garotos do telhado da casa e atender uma outra criança que estava "desorientada" no gramado. Depois disso, Fritsch abriu caminho através da janela da residência para ajudar o pai dos meninos, que estava trancado no banheiro sem conseguir sair.
Poucos minutos após o resgate, ele recebeu um telefonema informando que sua esposa estava no hospital. Ela estava dando à luz.
"Acabei de receber uma ligação do Hospital Westmead. Minha esposa entrou em trabalho de parto e tem que fazer uma cesariana de emergência ", disse o pai ao 7News Sydney após toda essa aventura.
"Foi um dia muito emocionante. Tem sido agitado, mas muito emocionante. Mal posso esperar para sair daqui", acrescentou o pai/herói.
Impressionante. Assim podemos definir Maria Fernanda Cândido. Em foto publicada em sua conta no Instagram nessa sexta-feira (3), a musa mostrou que está curtindo bem o feriado prolongado na praia. Com muito charme.
De biquíni rosa, a musa apareceu arrumando o seu cabelo após um mergulho. Nas hashtags, ela escreveu palavras como "férias", "sexta linda" e "feriado". Os seguidores a elogiaram: "Linda, natural", "deusa viva", "que corpão", "inspiração" foram alguns dos comentários.
Grooming: Gui Casagrande (com produtos Smashbox). Produção de moda: Guilherme Itacarambi e Matheus Pallos. Assistente de moda: Andrea Arradi. Assistentes de fotografia: Gil Alves e Luis Hartwig. Agradecimentos: Regatta Tecidos.
Se Tiger Woods é o único nome que lhe vem à cabeça quando o assunto é golfe, é bom se reciclar para não passar por desinformado, ainda mais se estiver falando com um apaixonado pelo esporte. E você precisa gravar um nome: Jordan Spieth.
Esse americano é um prodígio. Aos 24 anos, ele vem sendo comparado não só a Tiger Woods, mas também a Jack Nicklaus (este sim, até hoje, o melhor golfista de todos os tempos).
Spieth começou a surpreender em 2015, quando ganhou o Masters e, logo em seguida, o US Open, dois dos principais majors (o Grand Slam do golfe). Com isso, ele se tornou o sexto golfista da história a conquistar os dois títulos no mesmo ano, turma que inclui Craig Wood, Arnold Palmer, Ben Hogan, Jack Nicklaus e Tiger Woods.
A vitória no Masters foi cheia de recordes. Sua rodada inicial de 64 tacadas o tornou o golfista mais jovem a liderar o torneio na primeira rodada – ele quebrou ainda a marca de maior pontuação nas duas rodadas seguintes e, no final, igualou o recorde de Tiger de 18 tacadas abaixo do par nos quatro dias de torneio.
Com Tiger Woods afastado do golfe por problemas de saúde, com direito a uma prisão por dirigir sob influência de remédios controlados, Spieth veio ocupar um espaço vago de ídolo de um esporte bilionário. Ele já faturou US$ 35 milhões só em premiações. Mas com sua pinta de bom moço, swing perfeito e jogadas espetaculares, parece que é apenas o começo.
Caso você queira chegar perto de Spieth, começar por esse simulador pode ser uma boa.
Na Itália, nenhum filme americano entra em cartaz com o título original, em inglês. À exceção de O Silêncio dos Inocentes (Silence of the Lambs), que na tradução ficaria “il silenzio degli agnelli”. E alguém lá ousaria colocar o sobrenome do então homem mais poderoso do país num filme de canibal?
Essa é uma das curiosidades do excelente documentário Agnelli, que foi exibido em primeira mão para um grupo seleto no último Festival de Veneza, a que o grande público só terá acesso no ano que vem, quando a HBO americana soltar o filme mais aguardado da Itália.
Gianni Agnelli, L’Avvocato, o todo-poderoso do império Fiat, foi um rei sem coroa – mas de fato. Ambicioso, com livre acesso aos poderosos da política e do jet-set internacional, foi o maior ícone masculino do mundo dos negócios na segunda metade do século 20. Não apenas por ter feito da empresa da família uma potestade, mas porque levou uma vida igualmente emblemática fora do escritório, vestindo-se impecavelmente e despindo grandes beldades.
Adorador do sol e do mar, esportista inveterado (foi o grande capo da Juventus), vivia eternamente bronzeado, levando ao pé da letra sua máxima de que uma pele azeda é sinônimo de que um empresário está se matando no escritório, não de que está gozando de seu sucesso. Mas Gianni se levantava todos os dias às seis da manhã para trabalhar, mesmo que tivesse passado a noite com uma de suas conquistas, como Pamela Churchill, ex-nora do herói da guerra Winston Churchill, a atriz Anita Ekberg (do clássico La Dolce Vita) ou, quem sabe, Jacqueline Kennedy. “Não sei se esse affair aconteceu, mas não ficaria surpresa”, diz no filme a irmã Maria Sole.
Na telona
Entre as personalidades que dão depoimentos no longa produzido por Graydon Carter, diretor da Vanity Fair americana, estão os netos, John e Lapo Elkann, as irmãs, o amigo Henry Kissinger e o estilista Valentino, que discorre como Gianni e a mulher, a princesa Marella Caracciolo, formaram o casal mais influente da segunda metade do século 20. “Estamos falando da top-top classe do mundo; todo mundo queria copiá-lo, inclusive eu”, afirma Valentino.
Nos anos 1950, na Itália dos pós-guerra, os Agnelli se tornaram o exemplo oficial de família: audazes, empreendedores, glamourosos. Mas o glamour tem seu preço: a mãe de Gianni, Virgina (que circulava pelas ruas de Turim segurando a coleira de seu leopardo de estimação), morreu muito jovem; o pai, Edoardo, foi decapitado num acidente com um hidroavião – Gianni foi então adotado pelo avô, que foi afastado da presidência da Fiat acusado de colaboracionismo com os fascistas.
Seu único filho, Edoardo, com quem tinha uma péssima relação, era viciado em heroína e se jogou de uma ponte; sua filha Margherita apareceu um dia com a cabeça completamente raspada. Diante do susto do pai, ela retrucou: “Só assim para você me notar”. As tragédias dos Agnelli lhes renderam o epíteto de “Kennedys italianos”.
A melhor anedota do filme vem de seu cozinheiro pessoal, Giulio, que certa vez recebeu do patrão a ordem de preparar testículos de touro para um almoço em que ele receberia um presidente da Itália. Ante a negativa do chef, que achou o menu de péssimo tom, Gianni retrucou: “Quando se convida um homem sem culhões, há de se saber como tratá-lo”.
Mas o que aconteceu no universo da saga entre o filme original, que se passa em 2019, e a sequência dirigida por Denis Villeneuve? Três curta-metragens preenchem esse vácuo.
“Blackout 2022” é um anime dirigido pelo japonês Shinichiro Watanabe que conta como uma explosão causou um apagão que afetou toda a humanidade.
Já “2036: Nexus Dawn” é protagonizado por Jared Leto, que também aparece no longa. No curta, seu personagem mostra uma nova linhagem de replicantes, totalmente submissos aos humanos.
Por fim, “2048: Nowhere to Run” mostra a história de um replicante em fuga.
As espadrilhas ganham releituras para manter-se no topo como calçado oficial do verão. Siga essas dicas e prepare seus dias al mare com precisão de estilo.
Confesso que sempre invejei os pilotos que conseguem deitar suas motos nas curvas. Essa façanha era exclusiva dos profissionais de motovelocidade antes da migração tecnológica (pneus esportivos, freios ABS, suspensão inteligente e câmbio cada vez mais preciso) para as máquinas que rodam nas ruas.
Depois de dez anos ensaiando, consegui vencer o medo e, enfim, enfrentei uma serra sinuosa com a mesma coragem e agressividade com que os profissionais encaram as curvas do circuito de Silverstone. Pelo menos, foi com essa sensação que devolvi a nova Street Triple RS depois de quase encostar o joelho no chão nas estradas do interior de São Paulo.
Além de fazer curvas com facilidade, a moto chega ao mercado brasileiro com um pacote tecnológico de respeito; ele inclui cinco modos diferentes de pilotagem capazes de mudar a resposta da aceleração, a sensibilidade dos freios e o controle de tração para domar as 765 cilindradas, mesmo em situações adversas. O novo painel quase rouba a cena: ele lembra um tablet e possui seis modos diferentes de visualização, além de mudar a luminosidade automaticamente quando você passa dentro de um túnel, por exemplo.
A promessa é ser uma moto para uso diário, já que no anda-e-para da cidade a posição de pilotagem é confortável, e a aceleração, bem gradativa. Para deixar a máquina arisca, sugiro que você a leve para a estrada e acione o modo track no painel. Com certeza essa nova Street vai despertar o Valentino Rossi que mora dentro de você.
Pulseiras coloridas dão personalidade a relógios esportivos e fazem dos momentos casuais oportunidades para provar que você não se contenta com o banal. De tecido ou de borracha, escolha as suas armas
No alto, à esquerda: Victorinox I.N.O.X. Paracord. Preço: R$ 3.190.
No alto, no centro: Lacoste. Preço: R$ 590.
Embaixo, à esquerda: Alpina StarTimer Pilot Big Date Chronograph. Preço: R$ 4.927.
O CEO da centenária montadora britânica de motocicletas Royal Enfield, Siddhartha Lal - recém eleito Homem do Ano pela GQ India -, revelou hoje em Leicester, na Inglaterra, onde a GQ Brasil está a convite da marca, que a empresa vai lançar uma nova linha com motor dois cilindros no Salão Duas Rodas de Milão, que começa na próxima terça.
As novas motos terão motor de 650cc, 47cv de potência e chegarão ao mercado a partir de abril de 2018. O design ainda é segredo. Conseguimos apenas ver a nova máquina passando muito rápido na pista de testes (estávamos dentro de um ônibus e ela foi guardada logo após).
Terça-feira estaremos no Eicma, a feira internacional de motocicletas de Milão, e mostraremos a moto e outras novidades em primeira mão.
"Depois do XC 60 e da Cayenne, mais um SUV no mercado?” Com essa dúvida em mente, experimentei um pouso delicado em meio às montanhas que cercam a cidade de Molde, na região noroeste da Noruega. O Velar já me esperava na pista do aeroporto. Logo de cara, percebi que ele é um pouco maior do que o Evoque e um pouco menor do que o Sport. Será que isso justificaria a criação de um novo segmento dentro da família Range Rover?
Eu teria tempo para tirar minhas conclusões em uma das paisagens mais exuberantes do planeta. A região dos fiordes é repleta de montanhas, cachoeiras, ilhas e geleiras que nunca derretem, além de contar com 18 mil pontes (isso mesmo) e 900 túneis.
Os poucos habitantes da região com clima inóspito parecem ter saído de um editorial de moda nórdico: as mulheres são altas, loiras, magras e simpáticas, e os homens parecem ter vindo do mesmo planeta de Thor (não o Batista).
Foram dois dias literalmente longos – o sol se põe depois das 23h e nasce antes das 3h da manhã – a bordo do novo SUV nas cinematográficas estradas da Noruega para constatar que ele será um novo marco dentro da Land Rover.
Design e Tecnologia
Por fora, o Velar inaugura uma identidade que deve ser o DNA para os futuros lançamentos da montadora. Apesar de a grade dianteira não ter sofrido uma mudança tão radical, o para-choque traz novas linhas, ainda mais agressivas, e o desenho em LED do conjunto óptico foi reformulado. Já a traseira revela mudanças consideráveis: uma faixa horizontal cruza a lataria unindo o conjunto de alongadas lanternas que invadem a lateral do carro. Destaque para as maçanetas que ficam embutidas na carroceria e saltam para fora quando o motorista destrava as portas.
Sentado atrás do volante, você tem a certeza de que os engenheiros trabalharam duro no desenvolvimento do novo modelo. O interior é muito diferente de todos os SUVs que invadiram as estradas brasileiras nos últimos anos. O painel central é minimalista e conta com duas telas de interface intuitiva que controlam todas as funções: ar-condicionado, massagem e aquecimento dos bancos, seletor de tipos de terreno e altura da suspensão, iluminação da cabine, som e inúmeras configurações do sistema de navegação.
O pacote tecnológico continua com o head-up display (projeta informações de velocidade e GPS no para-brisas), painel de instrumentos digital de 12,3 polegadas, teto solar panorâmico, possibilidade de emparelhar até oito aparelhos simultaneamente e um potente sistema de som assinado pela Meridian, com 23 autofalantes e 1.600W. Nada mal.
Na estrada
Depois da empolgação inicial com o aparato tecnológico, chegou enfim a hora de acelerar – ou melhor, passear – com o Range Rover por 500km com a versão topo de linha First Edition, equipada com motor 3.0 V6 movida à gasolina. Silencioso e eficiente, ele é capaz de chegar a 250km/h e fazer de zero a 100km/h em pouco menos de 6 segundos.
Além da potência, o SUV oferece a nova geração do Terrain Response 2, que interpreta as condições do terreno e adequa o carro (direção, freios, suspensão e potência do motor) para entregar o máximo de conforto e controle mesmo em situações adversas. Durante o test drive, colocamos o sistema para funcionar ao passar por riachos com até 60cm de profundidade e encarar um off-road sobre rochas escorregadias numa pista de esqui.
O ápice do roteiro foi dirigir pela estrada que é considerada uma das mais bonitas do mundo, a Trollstigen, ou “o caminho dos trolls”. O trajeto de 8km é um desfiladeiro de curvas fechadas, pontes, cachoeiras e curiosas placas que alertam o motorista sobre possíveis trolls que podem atravessar a pista. No topo da montanha, com a temperatura de 6°C (alto verão norueguês), um restaurante contemporâneo com vista para o imenso vale proporcionou uma experiência tão exclusiva quanto dirigir o novo Velar neste cenário: comer o bacalhau da Noruega. #gratidão
Range Rover Velar
Motor 3.0 v6 gasolina Potência 380cv Peso 1.884kg Velocidade máxima 250km/h 0 a 100km/h 6,3s Preço versões a partir de R$ 383 mil
A característica que melhor define o profissional contemporâneo talvez seja a sensação de que estamos trabalhando demais e vivendo “de menos”. Percebe-se esse sentimento em toda a sociedade, mas talvez ainda mais entre gestores, empreendedores e outras pessoas em posição de liderança.
O incômodo com o excesso de trabalho e a falta de tempo para as outras dimensões da nossa vida foi muito bem quantificado, ou seja, transformado em números, por uma pesquisa feita algum tempo atrás por uma consultoria chamada DMRH. Segundo ela, 62% dos executivos brasileiros estão insatisfeitos com as suas rotinas. Se tivessem liberdade para redesenhar seu cotidiano, 77% desses profissionais diminuiriam o tempo dedicado ao trabalho, 80% aumentariam o tempo dedicado à família e 76% dedicariam mais tempo a atividades físicas e cuidados com a saúde.
A principal questão aqui talvez seja: por que quase oito em cada dez profissionais brasileiros desejariam trabalhar menos do que trabalham hoje? Ou, dito de outra maneira, por que todo mundo está tão ocupado?
Uma primeira hipótese é financeira: cada vez mais gente perto do topo da pirâmide social está trocando o tempo para lazer e para a família por mais tempo no trabalho porque os empregos “médios” estão em extinção. Ou seja, os empregos de média exigência e média remuneração – típicos da classe média – estão sumindo e dando lugar a duas realidades opostas.
De um lado, empregos de alta exigência (tanto em termos de habilidades como em termos de dedicação) e alta remuneração. De outro, subempregos, empregos part time e desemprego. Sem quase nada no meio. Ou você trabalha muito e ganha bem ou vive de bico.
Uma segunda hipótese é filosófica: à medida que a meritocracia se tornou um valor aceito no nosso meio profissional, abraçamos de vez a tradição protestante do capitalismo e a ética puritana do trabalho, que consideram o sacrifício como virtude e o prazer como ameaça.
A terceira hipótese é organizacional e combina um dado conjuntural (a recessão que começou em meados de 2014 e, portanto, já tem mais de três anos) e outro estrutural (o interminável processo de enxugamento das empresas). Se somarmos essas duas tendências, fica fácil entender por que a regra do jogo é resumida na equação “menos gente fazendo mais”.
Eu, workaholic?
Com tudo isso considerado, o estilo de vida “natural” nesse ambiente é o do workaholic. Só que ele tem consequências conhecidas. Bryan Robinson, um pesquisador da Universidade da Carolina do Norte, estima, por exemplo, que casamentos com pelo menos um parceiro workaholic têm 40% mais chances de acabar em divórcio.
Outros efeitos colaterais são relativamente novos. Entre eles, a culpa. Até uma geração atrás, o típico workaholic se orgulhava de seu estilo de vida. Mas em algum momento dos últimos anos, esse perfil profissional deixou de ser vendável e se tornou um problema. O workaholic dos nossos dias tem os mesmos problemas dos seus antecessores e, como se não bastasse, se sente culpado.
Músico autodidata e publicitário de formação, o paulistano Rodrigo Antão, de 42 anos, tem pinta de galã e punch de crooner. Essa verve aparecerá em sua nova investida: um show com clássicos do jazz. “Eu sempre gostei muito de música, mas nunca imaginei que pudesse eu mesmo cantar. A evolução disso em mim ocorreu naturalmente”, diz.
Sua migração do universo publicitário para o dos microfones teve influência caseira. Afinal, a ligação do artista com os palcos vem de berço: sua avó mantinha em casa uma sala dedicada à música, e Bob Stewart, famoso band leader do lendário Cassino da Urca, é seu tio-avô. Apaixonado pela arte desde os 9 anos de idade, ele tocou bateria, piano e violão e, já grandinho, decidiu abraçar de vez a vocação.
Depois de cursar marketing na FAAP em São Paulo em 2008, Antão seguiu para Londres para aperfeiçoar seu talento. Foi na escola da vida que encontrou sua melhor plateia: durante dois anos, em cena com voz e violão e interpretando clássicos de Beatles e Bob Dylan, ele se apresentou em estações de metrô da capital inglesa, uma experiência que chegou a lhe render £300 por dia – além, é claro, de ter dado ao músico uma tremenda tarimba de palco.
Em paralelo, o paulistano estudava e compunha. Foi nessa temporada londrina que conseguiu patrocínio para gravar um LP que ele mesmo produziu. Ao retornar ao Brasil, Antão começou a produzir para terceiros – e viu ali um nicho de mercado. A iniciativa o levou a criar a Rent a Band, plataforma de curadoria de artistas para eventos.
“Por aqui, tudo é taylor made. Não se contrata o artista, e sim o estilo musical que melhor se encaixa no perfil de cada cliente e de seu evento.” Agora é ele próprio que ganha voz e vai encarnar um crooner dos velhos tempos. “Comecei a estudar esse tipo de canto, um clássico com intérpretes como Frank Sinatra e Tony Bennett.”
Faltam 220 dias para a Copa do Mundo de 2018. Um dos sinais que o Mundial está chegando é que a Adidas já divulgou os uniformes das suas principais seleções. Quem ama futebol e estilo pode respirar aliviado: os jogadores de Argentina, Espanha, Alemanha, Bélgica, México, Japão e Rússia irão a campo muito bem vestidos.
Nem é preciso olhar muito para perceber o toque vintage nas camisas. A estratégia da marca alemã foi justamente criar modelos que remetam a uniformes usados no passado. Em vez de inovação, o foco na próxima Copa será a tradição. Sabe aquele jargão do futebol de "a camisa pesa"? Eis alguns exemplos abaixo.
Não precisa de muito motivo para escolher um espaguete na hora de cozinhar. Clássico, o prato italiano é um dos favoritos de muitos brasileiros e pode ser feito por qualquer um, em qualquer lugar.
Foi por isso que pedimos ao pessoal do bar Original a famosa receita do Espaguete da Mooca - caso você não seja de São Paulo, é o bairro certo para se comer um bom espaguete.
Depois você pode tentar também a versão all’Amatriciana e dizer qual fica melhor.
- 250 g de tomate pelado
- 20 g de manteiga
- 10 g de alho triturado
- 7 g de sal
- 1 g de açúcar
- 500 g de acém moído com bacon
- 100 g de farinha de trigo
- 1 ovo
- 2 g de óleo
- 50 g de cebola
- 2 g de hortelã
- 2 g de molho de pimenta
- 220 g de macarrão espaguete cozido
- 50 g de queijo mussarela de búfala
- 15 g de manjericão
- 40 g de queijo parmesão
- água fervente
Modo de preparo:
Molho de tomate:
Desmanchar os tomates com as mãos. Na manteiga, dourar 5 gramas de alho e acrescentar os tomates. Cozinhar bem e ajustar sal e açúcar a gosto.
Bolinho de carne à Mestre Elídio:
Em uma bacia, misturar: acém moído com bacon, farinha de trigo, ovo, óleo, 5g de sal, cebola, 5g de alho triturado, hortelã e molho de pimenta. Mexer até formar uma massa homogênea. Bolear a massa de cada bolinho com 25 gramas cada. Rechear a almôndega com a mussarela de búfala. Colocar dentro do molho de tomate para aquecer e pegar o sabor do molho.
Montagem:
Aquecer o macarrão cozido. Colocar dentro do molho com as almôndegas.
Salpicar por cima queijo parmesão e folhas de manjericão.
Drake é o segundo rapper mais bem pago da atualidade, segundo a revista Forbes. Nada mais justo, portanto, que o canadense tenha uma grife de respeito a serviço do closet do seu camarim. Em novembro, a Prada passará a ocupar esse posto, assinando todos os looks da sua turnê “The Boy Meets World Tour”. O casamento, pelo menos na teoria, parece perfeito.
Para vestir o rapper, a marca italiana irá apostar em peças confortáveis, levemente folgadas, como Drake gosta. O diferencial estará principalmente nos detalhes em velcro nos punhos e barras das calças, características das peças Ready to Wear da coleção Primavera/Verão 2018. Seguindo o conceito visual da turnê, as cores das peças não deverão fugir do preto, branco e vermelho.
A parceria faz todo o sentido. Com a facilidade de produzir hits a cada ano e um faturamente que beira dos US$ 100 milhões, Drake é um dos melhores garotos-propagandas possíveis da atualidade. Ele precisava de uma linha só para ele. O hip-hop e a moda, como mostra o nosso ensaio, são o casamento do momento. Pelo visto, a Prada sabe e aposta nisso.
Acredite: a coleção Spring/Summer 2018 da Giorgio Armani é a mais estilosa que você verá esse ano. Com peças sóbrias e elegantes para o frio do hemisfério norte, a grife italiana conseguiu agradar desde os mais fashionistas aos homens mais práticos. Dificilmente você ficará fora desse grupo.
A nova leva da grife do estilista italiano é vendida com um ensaio diferenciado, provocativo. Modelos foram fotografados em movimento, como se estivesse ganhando vida na imagem, gerando um efeito desfocado e, acima de tudo, misterioso. O resultado visual é simplesmente primoroso.
No dia do ensaio de moda que você confere a seguir, realizado em meados de setembro, Leno Maycon chegou à sede da Edições Globo Condé Nast, em São Paulo, praticamente virado da noite anterior. Tinha feito duas apresentações, todas lotadas, em que os pontos altos foram as canções feitas em parceria com Wesley Safadão e Mayara e Maraísa. As duas colocavam Nego do Borel, como Maycon é chamado, entre as TOP 50 músicas do Brasil. “Estou no meu melhor momento. Shows, vida pessoal, grana, tudo”, disse logo que foi perguntado sobre como estava a carreira.
De lá para cá, a parceria com Safadão deixou as paradas de sucesso. Mas é provável que seja substituída em breve pelo novo single do funkeiro “Eu Vacilei Mas Eu Te Amo”, cujo clipe estreia nesta terça-feira. Para o lançamento da música, Nego contou com a promoção voluntária de celebridades como Juliana Paes, que foi capa da GQ em agosto deste ano, Pabllo Vittar, Anitta, Neymar, Wesley Safadão, entre outras. Resultado até aqui: mais de um milhão de execuções só no canal de streaming Spotify.
“Meu maior objetivo é acertar a música. Porque aí você faz sucesso e já parte para a próxima. Quando acertamos, é festa. Se não, dá merda”, contou. O primeiro hit do funkeiro foi em 2012, “Os Caras do Momento”. Dois anos depois, já bastante conhecido, ele se mudou do Morro do Borel, comunidade carente do Rio de Janeiro, para uma mansão na Zona Oeste do Rio. Para ser mais eficiente nos lançamentos, Nego tem um parceiro indispensável: o compositor Umberto Tavares. É ele quem assina os principais hits do funkeiro. Participa também das composições de Anitta e Ludmilla. “A gente só fala o tema, tipo traição, e ele vai lá e desenrola.”
Quando o assunto é moda, Nego diz que tem andado mais arrumado nos últimos tempos. “Me amarro em blazer, sapato social.” No ensaio a seguir, veste Dolce Gabbana, Louis Vuitton, Ricardo Almeida e outras grifes.
(Look: Ricardo Almeida| Relógio Star Classique Date Automatic Montblanc / Stylist: Cuca Ellias / Foto: Enzo Amendola)